zondag 22 april 2018
woensdag 18 april 2018
MANIFESTO PELA DEMOCRACIA, SOBERANIA NACIONAL
E DIREITOS DO POVO BRASILEIRO
O Brasil vive dias sombrios. A retirada de direitos, promovida de maneira acelerada pelo governo de Michel Temer e sua base parlamentar, é parte de um preocupante surto autoritário. A violência, o ódio e a intolerância disseminados nas redes sociais, incitados por estratégias de comunicação da mídia tradicional, se arrogam a pretensão de pautar a agenda política nacional, tratando o Estado Democrático de Direito como se fosse apenas um empecilho anacrônico em seu caminho.
O assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, foi o episódio mais dramático dessa espiral de violência, embora não tenha sido o único. O atentado contra a caravana do ex-presidente Lula, no Paraná, por seu evidente caráter miliciano; e sua posterior prisão, para a qual contribuíram diferentes operadores de direito que priorizaram clamores orquestrados por parte da opinião publicada, relativizando direitos constitucionais que lhe assistem, são fatos gravíssimos. Tais fatos fazem parte de um mesmo enredo, no qual as conquistas populares obtidas no processo constituinte de 1988 são consideradas excessivas por uma elite conservadora e reacionária, cabendo assim a implementação de um “programa corretivo”, no qual o progresso possa ser desvencilhado da obrigação política de diminuir as desigualdades que ainda assolam o Brasil.
As forças políticas e institucionais que operam a implantação desse programa do atraso querem cravar, na própria legalidade, a prerrogativa de abandonar pelo caminho os mais pobres, destituindo as amplas maiorias sociais do direito à cidadania. Diante desses fatos, torna-se urgente um maior diálogo entre todos os setores sociais comprometidos com a liberdade, a democracia e os direitos sociais. É hora de reunir partidos, entidades da sociedade civil, movimentos sociais, professores, cientistas, operadores do direito, artistas, líderes religiosos, dentre outros, para articular a resistência democrática aos atentados contra a democracia e o estado de direito.
A articulação desses atores deve se basear em três eixos fundamentais. O primeiro é a defesa intransigente das liberdades democráticas, dos direitos políticos e de eleições livres. Os rumores sobre a possibilidade de cancelamento do calendário eleitoral devem ter como resposta a defesa enérgica de eleições democráticas e livres. O segundo refere-se ao enfrentamento intransigente da violência disseminada pela extrema-direita. A democracia não pode conviver com milícias armadas, ameaças de morte, atentados ou assassinatos. É hora de dar um basta à violência, atuando em todas as instâncias possíveis, para alcançar e punir os responsáveis por disseminar e incitar o ódio e a intolerância, bem como os responsáveis pelos crimes contra lideranças políticas, que chocaram o país.
O terceiro eixo desta unidade está na defesa dos direitos sociais, da soberania e do patrimônio nacional. Como já indicamos, a violência disseminada pela extrema-direita e os ataques à democracia compõem um programa político de setores retrógrados das elites econômicas, para as quais a civilização se limita a suas próprias conquistas materiais. Por isso, enquanto aumenta a violência contra os setores populares e democráticos, cresce também o ataque aos direitos sociais e à soberania, como demonstram as retiradas de direitos como a reforma trabalhista, a tentativa de aprovação da reforma da previdência, de privatização da Eletrobrás, e o relaxamento entreguista das normas de direito ambiental e a implementação de uma agenda econômica rentista que dá total prevalência aos lucros cada vez maiores do sistema financeiro.
É hora, portanto, de defender a democracia, com a energia dos que sabem de suas virtudes e estão cientes da ameaça representada não apenas por um programa autoritário, mas por uma plataforma política avessa à civilização.
Os partidos que subscrevem esse manifesto convocam todos os setores sociais comprometidos com os valores democráticos à formação de uma ampla frente social. Essa frente, que não tem finalidades eleitorais, buscará estimular um amplo debate nacional contra o avanço do ódio, da intolerância e da violência. Só assim poderemos reconstruir um Brasil soberano e de respeito absoluto ao estado de direito.
Carlos Lupi Presidente Nacional do PDT
Carlos Siqueira Presidente Nacional do PSB
Edmilson Costa Secretário Geral do PCB
Gleisi Hoffmann Presidenta Nacional do PT
Juliano Medeiros Presidente Nacional do PSOL
Luciana Santos Presidenta Nacional do PCdoB
O Brasil vive dias sombrios. A retirada de direitos, promovida de maneira acelerada pelo governo de Michel Temer e sua base parlamentar, é parte de um preocupante surto autoritário. A violência, o ódio e a intolerância disseminados nas redes sociais, incitados por estratégias de comunicação da mídia tradicional, se arrogam a pretensão de pautar a agenda política nacional, tratando o Estado Democrático de Direito como se fosse apenas um empecilho anacrônico em seu caminho.
O assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, foi o episódio mais dramático dessa espiral de violência, embora não tenha sido o único. O atentado contra a caravana do ex-presidente Lula, no Paraná, por seu evidente caráter miliciano; e sua posterior prisão, para a qual contribuíram diferentes operadores de direito que priorizaram clamores orquestrados por parte da opinião publicada, relativizando direitos constitucionais que lhe assistem, são fatos gravíssimos. Tais fatos fazem parte de um mesmo enredo, no qual as conquistas populares obtidas no processo constituinte de 1988 são consideradas excessivas por uma elite conservadora e reacionária, cabendo assim a implementação de um “programa corretivo”, no qual o progresso possa ser desvencilhado da obrigação política de diminuir as desigualdades que ainda assolam o Brasil.
As forças políticas e institucionais que operam a implantação desse programa do atraso querem cravar, na própria legalidade, a prerrogativa de abandonar pelo caminho os mais pobres, destituindo as amplas maiorias sociais do direito à cidadania. Diante desses fatos, torna-se urgente um maior diálogo entre todos os setores sociais comprometidos com a liberdade, a democracia e os direitos sociais. É hora de reunir partidos, entidades da sociedade civil, movimentos sociais, professores, cientistas, operadores do direito, artistas, líderes religiosos, dentre outros, para articular a resistência democrática aos atentados contra a democracia e o estado de direito.
A articulação desses atores deve se basear em três eixos fundamentais. O primeiro é a defesa intransigente das liberdades democráticas, dos direitos políticos e de eleições livres. Os rumores sobre a possibilidade de cancelamento do calendário eleitoral devem ter como resposta a defesa enérgica de eleições democráticas e livres. O segundo refere-se ao enfrentamento intransigente da violência disseminada pela extrema-direita. A democracia não pode conviver com milícias armadas, ameaças de morte, atentados ou assassinatos. É hora de dar um basta à violência, atuando em todas as instâncias possíveis, para alcançar e punir os responsáveis por disseminar e incitar o ódio e a intolerância, bem como os responsáveis pelos crimes contra lideranças políticas, que chocaram o país.
O terceiro eixo desta unidade está na defesa dos direitos sociais, da soberania e do patrimônio nacional. Como já indicamos, a violência disseminada pela extrema-direita e os ataques à democracia compõem um programa político de setores retrógrados das elites econômicas, para as quais a civilização se limita a suas próprias conquistas materiais. Por isso, enquanto aumenta a violência contra os setores populares e democráticos, cresce também o ataque aos direitos sociais e à soberania, como demonstram as retiradas de direitos como a reforma trabalhista, a tentativa de aprovação da reforma da previdência, de privatização da Eletrobrás, e o relaxamento entreguista das normas de direito ambiental e a implementação de uma agenda econômica rentista que dá total prevalência aos lucros cada vez maiores do sistema financeiro.
É hora, portanto, de defender a democracia, com a energia dos que sabem de suas virtudes e estão cientes da ameaça representada não apenas por um programa autoritário, mas por uma plataforma política avessa à civilização.
Os partidos que subscrevem esse manifesto convocam todos os setores sociais comprometidos com os valores democráticos à formação de uma ampla frente social. Essa frente, que não tem finalidades eleitorais, buscará estimular um amplo debate nacional contra o avanço do ódio, da intolerância e da violência. Só assim poderemos reconstruir um Brasil soberano e de respeito absoluto ao estado de direito.
Carlos Lupi Presidente Nacional do PDT
Carlos Siqueira Presidente Nacional do PSB
Edmilson Costa Secretário Geral do PCB
Gleisi Hoffmann Presidenta Nacional do PT
Juliano Medeiros Presidente Nacional do PSOL
Luciana Santos Presidenta Nacional do PCdoB
vrijdag 2 februari 2018
zaterdag 6 januari 2018
MANIFESTO ELEIÇÃO SEM LULA É FRAUDE
A tentativa
de marcar em tempo recorde para o dia 24 de janeiro a data do julgamento em
segunda instância do processo de Lula nada tem de legalidade. Trata-se de um
puro ato de perseguição da liderança política mais popular do país. O recurso
de recorrer ao expediente espúrio de intervir no processo eleitoral sucede
porque o golpe do Impeachment de Dilma não gerou um regime político de
estabilidade conservadora por longos anos.
O plano
estratégico em curso, depois de afastar Dilma da Presidência da República,
retira os direitos dos trabalhadores, ameaça a previdência pública, privatiza a
Petrobras, a Eletrobras e os bancos públicos, além de abandonar a política
externa ativa e altiva.
A reforma
trabalhista e o teto de gastos não atraíram os investimentos externos
prometidos, que poderiam sustentar a campanha em 2018 de um governo alinhado ao
neoliberalismo. Diante da impopularidade, esses setores não conseguiram
construir, até o momento, uma candidatura viável à presidência.
Lula cresce
nas pesquisas em todos os cenários de primeiro e segundo turno e até pode
ganhar em primeiro turno. O cenário de vitória consagradora de Lula
significaria o fracasso do golpe, possibilitaria a abertura de um novo ciclo
político.
Por isso, a
trama de impedir a candidatura do Lula vale tudo: condenação no tribunal de
Porto Alegre, instituição do semiparlamentarismo e até adiar as eleições.
Nenhuma das ações elencadas está fora de cogitação. Compõem o arsenal de
maldades de forças políticas que não prezam a democracia.
Uma
perseguição totalmente política, que só será derrotada no terreno da política.
Mais que um problema tático ou eleitoral, vitória ou derrota nessa luta terá
consequências estratégicas e de longo prazo.
O Brasil
vive um momento de encruzilhada: ou restauramos os direitos sociais e o Estado
Democrático de Direito ou seremos derrotados e assistiremos a definitiva
implantação de uma sociedade de capitalismo sem regulações, baseada na
superexploração dos trabalhadores. Este tipo de sociedade requer um Estado
dotado de instrumentos de Exceção para reprimir as universidades, os
intelectuais, os trabalhadores, as mulheres, a juventude, os pobres, os negros.
Enfim, todos os explorados e oprimidos que se levantarem contra o novo sistema.
Assim, a
questão da perseguição a Lula não diz respeito somente ao PT e à esquerda, mas
a todos os cidadãos brasileiros. Como nunca antes em nossa geração de
lutadores, o que se encontra em jogo é o futuro da democracia.
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